Crônica para o Dia dos Namorados (ou qualquer dia em que o amor nos cutuca)

Antes de buscar um amor de cinema, vale conferir se VOCÊ está se tratando como personagem principal da própria história. É que às vezes, sem perceber, a gente vira figurante no roteiro dos outros: aparece pouco (quase se anula), fala baixo, e ainda se desculpa por existir. E o curioso é que, quando isso acontece, a gente começa a achar bonito até um enredo mal escrito, contanto que tenha alguém nos olhando. Aceita migalhas, defende coadjuvantes confusos, e até romantiza o drama... Mas veja bem, não tem prêmio de melhor atriz para quem vive se podando pra caber num papel que não é seu. Relacionamento bom não exige performance. Você não precisa parecer mais leve, mais calma, mais engraçada ou mais “fácil de lidar”. Você pode até ser assim, mas a questão é o “parecer ser assim o tempo inteiro”. No fundo, você só precisa SER VOCÊ — com o riso um pouco alto, às vezes, com o gênio meio torto e a doçura de quem se conhece por dentro. Amar alguém é lindo. Mas se amar ...