AUTENTICIDADE - A corajosa escolha de não precisar "sempre agradar"
Eu sei que vivemos em um mundo complexo que, muitas vezes, nos incentiva a nos moldar para caber em padrões que nem sempre refletem quem somos. E isso realmente é cansativo, incômodo e dolorido. É por isso talvez que ser autêntico exige muita coragem: coragem para ouvir a nossa voz interior, para honrar o que sentimos e verdadeiramente acreditamos, mesmo que isso signifique dizer "não" por mais difícil que seja. Ser verdadeiro com si mesma nos liberta, porque nos ajuda a (re)construir uma identidade mais sólida, pautada em aspectos importantes sobre quem somos de verdade, e não sobre quem o mundo espera que sejamos.
Ao olhar para dentro, com carinho e atenção, começamos o
processo (sem volta) para autenticidade. É verdade que algumas vezes vamos
sentir vontade de ficar sozinhas; não naquele momento incômodo da solidão que
machuca, mas no “estar com si mesma”, sozinha com seus pensamentos, porque é no
silêncio que conseguimos identificar o que realmente importa para nós. Não se
assuste, esses momentos fazem parte desse novo ciclo da sua vida. E serão bons,
apesar das dúvidas e questionamentos que surgirão ao longo do caminho.
Por medo da rejeição e julgamento, algumas de nós deixam de
lado valores que deveriam ser essenciais. Tememos não corresponder às
expectativas e visão que os outros têm sobre a nossa pessoa. Medo de “não nos
amarem mais”, não querer mais que estejamos por perto, medo de que possam nos
abandonar, caso não possamos “ser o que tanto esperam” de nós. Essa escolha,
ainda que seja inconsciente, nos distancia da nossa essência e nos aproxima,
cada vez mais, de uma vida pautada em agradar aos outros.
Pergunte a si mesma: quanto da minha vida reflete o
que eu realmente sou? É preciso parar e começar a reconhecer que essas
respostas, apesar de serem desconfortáveis, significam a quebra de um
funcionamento desajustado que não podemos mais levar adiante. Esse é um passo
importante para a nossa transformação.
Ah, e tem mais! Aprender a dizer "não"... Sei que
isso também pode ser um dos atos mais difíceis de se colocar em prática. Porém,
como ser autênticos sem conseguir estabelecer limites saudáveis em nossas
relações? Precisamos aprender a dizer “não” para tudo aquilo que nos machuca e
afeta negativamente. Não apenas aos convites ou obrigações que pesam sobre nós,
mas também às relações que não nos valorizam, aos lugares que drenam nossa
energia e aos hábitos que nos afastam de quem queremos ser.
Não se sinta egoísta fazendo isso; vença esse incômodo de se
sentir assim. Ser egoísta é pensar demais em si mesmo, mas também não pensar em
si trará consequências emocionais dolorosas em todos os sentidos. São dois
extremos que apenas refletem uma forma disfuncional de viver. É preciso caminhar
até o meio, funcionar dentro do equilíbrio. Nem sempre "não" significa
ser um ato de rejeição; muitas vezes, é um ato de amor-próprio. E é dizendo
"sim" para o que realmente importa que abrimos espaço para o que
essencialmente nutre a nossa alma e fortalece o nosso senso de identidade.
Pode ser difícil se tornar autêntico, até porque também
significa aceitar que não agradaremos a todos, e lidar com este incômodo nem
sempre “está tudo bem”. Entretanto é fundamental compreender que a aprovação
externa pode até parecer reconfortante, mas é efêmera e vazia, principalmente
se não vier acompanhada do respeito por quem você realmente é. Sim, é preciso
coragem para ser autêntica! A coragem de se posicionar com firmeza, mesmo que
isso cause desconforto nos outros (e em você). Mas acredito que a vida que é
vivida somente para agradar aos outros é, na verdade, uma prisão que nos afasta
de sermos felizes.
Vulnerabilidade, nem sempre é sinônimo de fraqueza, mas precisa
de uma força interna que a autenticidade nos ensina a ter. Quando nos
permitimos ser quem somos, com nossos sonhos, medos e imperfeições, damos
espaço para criar conexões mais profundas e verdadeiras com o mundo ao nosso
redor. E é nesse estado de honestidade com si mesma que a autoestima real e
duradoura floresce. Aquela que apesar dos “baques” estará firme para se
reconstruir e seguir em frente.
Ser autêntica não é um caminho fácil, para ninguém.
Acredite, eu sei disso! Mas saiba que é profundamente transformador. É sobre dizer
"sim" à sua essência e para o que é importante em sua vida, e
"não" a tudo o que não te faz viver bem.
Então, hoje, te convido a refletir: onde posso me permitir ser mais autêntica no meu dia a dia? As respostas podem ser confusas no início, porém elas, aos poucos, farão parte de uma aventura libertadora rumo à versão mais verdadeira de ser quem realmente você é.🌻
✨ Gostou da nossa conversa? Espero que sim! O blog está sempre de portas abertas para mais reflexões, inspirações e dicas. E se este artigo te fez pensar, te convido a explorar os outros conteúdos que preparei com carinho.
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