DEZEMBRO SEM CULPA - Sobrevivendo ao Caos do Final de Ano
O
final do ano está cada vez mais perto. E com ele vem essa mistura de nostalgia,
correria e, claro, um toque de caos.
Já
reparou que é só se aproximar de dezembro que o calendário mais parece enlouquecer?
E ele ganha vida própria, porque algumas vezes sentimos como se ele estivesse
nos lembrando de tudo o que fizemos ou deixamos de fazer. Reviramos na mente as
listas de metas que sobraram e não finalizamos, os inícios de projetos que
abandonamos e outras pendências que ainda arrastamos até aqui. Ah, e isso tudo
se junta aos convites de confraternizações e demais situações, às vezes, hilariantes
que o “fim do ano” nos traz.
Sim,
é meio tragicômica a forma como a maioria das pessoas sente essa linha tênue do
tempo que demarca o final de um ano e o início do outro. Cômico porque, muitas vezes,
parecemos criaturas perdidas e desastradas entre tantos afazeres tentando dar
conta de tudo. Trágico, porque o peso dessa ideia de “dar conta” nos leva para um
lugar de medos, arrependimentos e culpa. Mas será que precisamos mesmo? Será
que realmente temos que nos cobrar tanto assim?
Pois
é.... respira que lá vem pontos para pensar...
Por
que será que nos cobramos tanto, não é verdade? E se pudéssemos apenas
agradecer o que conquistamos e utilizar esse momento para olhar com mais
carinho para nós mesmas? E que tal, aproveitar também para proteger uma das
coisas mais importantes na sua vida: sua saúde mental?
Bem,
para isso é necessário lembrar que nem sempre conseguimos fechar a lista de
metas que planejamos. E por quê? Simplesmente, porque às vezes não a construímos
de maneira tão realista, considerando nossa energia, tempo e prioridades. Um
outro aspecto é perceber que você fez o que foi possível neste ano.
“Mas
e se eu procrastinei?”
Uma
ótima pergunta. Mesmo que você tenha procrastinado, isso não deveria pesar
sobre seus ombros te impedindo de avançar, você não acha? Então, porque não
podemos pegar essa consciência de ter procrastinado e transformar isso em um
aprendizado para o ano que vem? Verifique os motivos da procrastinação, reveja
o que fez você se sabotar a ponto de não sair do lugar, e crie rotinas que façam
você se movimentar para conquistar o que deseja.
Viu?
Podemos pensar diferente, mesmo diante de algo que nos imobilizou.
E
quanto ao Natal?
Sabemos
que muitas pessoas se estressam só de pensar que precisam ir às confraternizações
ou para as festas de família. Sua saúde mental e emocional agradecerá se você conseguir
lembrar que Natal “super perfeito” não existe. E nem aquele Ano-Novo de filme.
Muitas
vezes, nos cobramos porque queremos criar momentos mágicos e inesquecíveis
iguais aos dos filmes natalinos, desejando que ninguém se estresse ou cause
algum desconforto. Porém, não temos controle sobre isso, e sabemos bem que
algumas vezes reunião de família é algo um pouco complicado. Nesse movimento de
tentar agradar todos à nossa volta, enquanto estamos conduzindo as situações
para manter o ar mágico dos filmes, pode ser que a nossa energia esteja
piscando a luz de reserva há algum tempo.
Lembre-se,
até mesmo as luzes pisca-pisca precisam de uma pausa para não queimarem, por
isso não sobrecarregue a sua mente com tantas coisas que nem estão sob seu
controle.
Outro
ponto importante: cuidado com as armadilhas da comparação. As redes sociais estão
repletas de festas glamourosas, famílias felizes e metas alcançadas. Mas é hora
de lembrar que o feed é como a vitrine de uma loja, muitas vezes, só
vemos o que foi cuidadosamente arrumado. Sabemos que existem pessoas são mesmo felizes,
exatamente como está na Internet. A questão aqui não é sobre elas serem felizes
de verdade ou estarem fingindo, mas abrir nossos olhos para termos consciência
de que o importante são questões sobre a nossa vida, a nossa realidade. Por
isso, não compare a sua vida (nunca!) a qualquer situação das redes sociais.
Sua vida pode não ser perfeita, e acredite, a de ninguém é. Entretanto, você
pode aliviar a sua mente do peso da comparação e começar a ver alegria em pequenos
momentos do seu dia a dia. Com o tempo, esses pequenos momentos poderão se
tornar ainda maiores.
E
falando em realidades, o fim do ano também pode ser gatilho para sentimentos de
solidão ou tristeza. Quantas pessoas se sentem tão sozinhas nesta época do ano?
Talvez porque os ciclos que não se fecharam aparecem carregados com mais força,
ou porque a cadeira vazia na ceia pesa mais do que gostaríamos. Eu sei, é
inevitável sentir, mas tente não mergulhar nisso sozinha. Procure apoio, se
sentir que precisa. Conecte-se com quem pessoas que te fazem bem. E caso,
deseje ficar só, saiba que a sua própria companhia pode ser suficiente. Por
isso é tão importante desenvolver uma relação autêntica e intima com nós
mesmos.
Lembra
que falei sobre respirar? Pois é, que tal uma pausa literalmente? Preparada aí?...1,
2, 3 ... bem profundamente.
Saiba
que a respiração consciente nos ajuda a aliviar a ansiedade e o estresse. Sim,
esse estresse que você talvez esteja sentindo, como um peso sobre a cabeça, nos
deixando zonzas de tanto tentar nos segurar. Experimente inspirar pelo nariz
contando até três, segurar o ar por mais três segundos e expirar lentamente
pela boca no mesmo ritmo. Repita algumas vezes e sinta como essa prática simples
pode trazer calma em meio ao turbilhão.
Ah,
o final do ano.... Teríamos mais coisas para falar, e talvez eu volte para mais
uma conversa. Mas, por enquanto, presenteie-se com aquilo que ninguém pode
tirar de você: o cuidado com a sua saúde mental. Alivie a carga emocional,
retire o peso das “culpas”, dos “medos” e dos “não foi suficiente o que
tentei fazer”.
Lembre-se
de escolher, entre uma meta não cumprida e um compromisso social a mais, aquilo
que realmente alimenta a sua alma. Não deixe que certas coisas suguem o pouco
de energia que você tem, só para “cumprir a agenda”. Afinal de contas, é você
quem tem que ser prioridade nos anos que virão e nos últimos dias deste longo
ano.
Aproveite
para desfrutar amplamente da sua própria companhia, sem culpa, sem cobranças e
sem se comparar a ninguém. Valorize-se e reconheça ao máximo todos os esforços
que você fez e orgulhe-se de ter chegado ao final de mais um ano.
Celebre a vida e as conquistas que você teve até aqui. Cuide-se! 🌻
✨ Gostou da nossa conversa? Espero que sim! O blog está sempre de portas abertas para mais reflexões, inspirações e dicas. E se este artigo te fez pensar, te convido a explorar os outros conteúdos que preparei com carinho.
Ah, e se quiser me acompanhar mais de perto, é só me seguir nas redes sociais. Vamos seguir juntas? 🌻✨ Até o próximo texto!
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